Filtro para eliminar o ruído da lâmpada de LED

Aqui em casa eu já substituí todas as lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED e mesmo assim algumas lâmpadas de LED ainda geram ruído na recepção desde a faixa de ondas longas até ondas curtas, sendo assim eu decidi montar um simples filtro para usar na eliminação desse ruído.

O esquema desse filtro é bem simples e flexível quanto aos valores dos componentes usados, tornando assim fácil de montar reaproveitando capacitores e indutores de sucata.

Abaixo o esquema desse filtro.


Os capacitores C1 e C2 devem ser do tipo Y e os capacitores C3 e C4 devem ser do tipo X MKP. As tenções de trabalho dos capacitores devem ser selecionadas em função da tensão(127V ou 220V) que será usado o filtro, para uso em 127V usar no mínimo 250V e para 220V usar no mín. 400V.

É um filtro de fácil construção, se você não tem aterramento em casa pode omitir C1 e C2. Como mostrado no vídeo mais abaixo, o aterramento não faz muita diferença na eliminação do ruído em si, mas se você tem aterramento, é bom usar esses capacitores pois a função deles é eliminar o ruído de alta frequência, sem falar na questão da proteção e blindagem.


O fusível é opcional e eu não usei, fica a critério de quem for montar, na foto abaixo os dois filtros que montei, um para a lâmpada que foi blindado e outro para a estação de solda.



Abaixo um vídeo demonstrando a diferença no ruído da lâmpada sem e com o filtro.




Diferença no acoplamento térmico entre a mica e silglass


Desde que eu comecei a ver nas sucatas essas borrachas cinza (Silglass) sendo usada no lugar da mica eu pensei em fazer um experimento prático para fazer as comparações para saber se a diferença é grande ou não no acoplamento térmico.
Eu achei alguma informação sobre o silglass nesse site e sobre a mica nesse site, para quem quer saber mais a fundo sobre as informações técnicas desses dois isolantes terá que fazer uma pesquisa mais profunda, o meu interesse era só para saber a composição do silglass que eu ainda não conhecia.

Bom, agora vamos ao experimento. Eu usei dois reguladores de tensão do tipo 7809 do mesmo fabricante, fixados no mesmo dissipador (assim a dissipação será igual nos dois componentes, mas também poderia usar dissipadores individuais desde que sejam idênticos), sendo que um deles usando mica e pasta térmica e o outro regulador usando silglass, a imagem dessa montagem pode ser vista na figura 1.

fig. 1


O tipo de fio usado na ligação é o mesmo para todos os terminais, sendo que os terminais da entrada e negativo estão soldados junto, somente a saída que foi separada para ligar a carga individualmente. Os valores das tensões de saída tinham uma diferença de 0,1V, mas isso não afeta o experimento porque a corrente nos reguladores foram controladas e praticamente idênticas, como a carga não é estável, o ajuste de corrente de carga ficou entre 1,22A a 1,28A.

A ideia era deixar a corrente circulando pelo regulador por uns 10 minutos e depois medir a temperatura do corpo do regulador, no caso, aquela parte de metal que é usada para fixar o semicondutor, com isso, vamos ver que o isolante usado no regulador que teve a menor temperatura, terá o melhor acoplamento térmico.

As figuras 2 e 3 mostram a diferença entre a temperatura dos dois reguladores usados nos testes.

fig. 2

fig. 3


- Conclusão

Depois de observar as figuras 2 e 3 podemos concluir que a mica tem um melhor acoplamento térmico, mas essa diferença é bem pouca, assim, quando for adotar o tipo de isolante térmico nas suas montagens, devemos levar em consideração outros fatores para poder selecionar entre os isolantes, acredito que na maioria dos casos pode sim ser usado o silglass sem problemas.

Em casos onde o semicondutor irá trabalhar em alta temperatura, 4 graus de diferença pode fazer a diferença entre um semicondutor funcionando ou danificado, nesses casos o melhor a adotar é a mica com a pasta.

É bom lembrar que a temperatura afeta as características de semicondutores de junção PN assim como o seu tempo de vida útil, por isso, na medida do possível, evite usar isolantes entre o semicondutor e o dissipador para favorecer a vida útil do semicondutor e melhorar o acoplamento térmico.


O link para o artigo em pdf pode ser baixado aqui e vídeo mostrando esse experimento pode ser visto abaixo:



Testando o TDA7056 retirado de sucata

Estava precisando de um CI amplificador de áudio para usar numa montagem e lembrei que tinha alguns TDA7056 que eu retirei de sucata de TV, como não consome muito e necessita de poucos componentes externos para funcionar - ver datasheet - eu decidi fazer uma jig de teste com um conector que tinha retirado da sucata para testar os CIs, na imagem a baixo é possível ver como ficou isso:



Bem fácil, o conector RCA é a entrada, os fios amarelo e vermelho são a saída, o verde é do potenciômetro de volume e o cinza e azul da alimentação.

O CI encaixa perfeitamente no conector e pode ser usado até na montagem.


Com isso eu pude separar os CIs que estavam com defeito de uma forma bem prática e fácil, segue a dica pra quem tem CIs com esse tipo de encapsulamento para testar.

Abaixo o vídeo completo testando os CIs.




Carga ativa para baixa corrente - Circuito final

Depois de experimentar a modificação que fiz aqui na substituição do resistor R1 por um circuito de corrente constante usando o LM317 eu fiz mais algumas melhorias na intenção de melhorar a estabilidade dessa carga e aumentar a potência de trabalho para ter uma maior confiabilidade para trabalhar com correntes de até 10A em 12V(120W).

A princípio eu tinha feito um circuito de proteção contra inversão de polaridade usando relês, mas não funcionou muito bem, por isso acabei descartando esse circuito e confiando nos diodos de proteção que foram distribuídos pelo circuito, futuramente talvez eu volte a trabalhar em um circuito de proteção melhor, por enquanto vou usar a carga da forma como ficou.

O esquema final da carga pode ser visto na figura 1.


Fig. 1


Como pode ser visto no esquema, eu adicionei mais alguns componentes simples que pode ser facilmente achado no comércio ou na sucata, como eu tinha uma caixa com um grande dissipador que fica do lado de cima da caixa eu usei para deixar a carga ativa na bancada junto com outros equipamentos. Coloquei os bornes de ligação no painel e ainda sobrou um espaço para adicionar dois displays indicadores de tensão e corrente que pretendo colocar futuramente.

A placa eu fiz da mesma forma como na carga ativa para 20A, só que desta vez eu precisei cortar a placa para fixar os transistores de potência e o driver no dissipador, o resultado pode ser visto na figura 2.


 Fig. 2

Essa foto ficou um pouco desatualizada em relação ao trabalho final pois como eu tive uns problemas na montagem(ver vídeos no canal), eu acabei alterando um pouco, eu substitui a malha que ligava os dois negativos por um fio 10mm2 e coloquei o regulador LM317 numa ponte de terminais e soldei a ponte no espaço ao lado do transistor driver(lado direito na foto). Tive que fazer a substituição da malha para ligar o negativo do borne no outro lado da placa que ficou mais perto e assim usei um fio menor do que antes pois eu tinha feito a ligação do outro lado porque estava mais perto do relê usado no circuito de proteção.
   
A figura 3, 4 e 5 mostra o resultado final da montagem.

 Fig. 3

Fig. 4

Fig. 5


Informações adicionais sobre a montagem


O transistor driver pode ser usado qualquer transistor darlington equivalente desde que seja recalculado o circuito de corrente constante em função da máxima corrente de base(ver no datasheet), sempre use uma corrente menor que a informada no datasheet, no meu caso, com o resistor de 15 ohms a corrente ficou próximo dos 90mA. Nesse post eu mostro as informações sobre o circuito de corrente constante que foi usado na carga.

Da mesma forma como fiz anteriormente eu não isolei os dois TIP35 do dissipador, assim eu isolei o dissipador da caixa, o driver também deve ser isolado caso use o mesmo dissipador para os três transistores como fiz nessa montagem.

O consumo da carga ativa até 10A ficou em torno de 200mA, assim eu usei a mesma fonte interna que estava no circuito anterior com apenas um TIP35, para correntes maiores é preciso de uma corrente de pelo menos 1A. A fonte não necessita de tanta filtragem, qualquer circuito básico com o 7812 funciona bem, por isso acho desnecessário publicar o esquema da fonte. Usando um potenciômetro multivolta o ajuste fica bem mais preciso, considere essa opção.

O vídeo do teste final pode ser visto logo abaixo, no meu canal eu tenho os outros vídeos dessa montagem, para quem quiser baixar o esquema em pdf é só clicar aqui.




Antena ativa MiniWhip

Recentemente eu montei uma antena ativa miniwhip para um amigo fazer suas escutas e aproveitei para estudar melhor o funcionamento da antena e o funcionamento do circuito, a relação da placa captadora com o circuito e com o aterramento, com isso já pude tirar umas conclusões a respeito dessa antena.

Antena ativa miniwhip (desenvolvida por Roelof Bakker - pa0rdt)

Essa antena foi desenvolvida para ser usada na escuta de sinais na faixa de Ondas Longas, devido ao grande comprimento das antenas para essa faixa era necessário uma antena compacta, que trabalhasse em toda a faixa e que não captasse tanto ruído elétrico, dessa necessidade surgiu a miniwhip, o esquema original pode ser visto na figura 1.


Fig. 1


O circuito não é crítico, é constituído de dois estágios, o primeiro tem como elemento principal o J310 que é um FET de baixo ruído muito usado em circuito de RF, possui uma alta impedância na entrada para facilitar o acoplamento com o estágio anterior e alta sensibilidade para captar sinais muito fracos, esse estágio é responsável pelo ganho da antena, o segundo estágio que é composto pelo 2N5109 e componentes associados, possui alguma amplificação, mas a principal função dele é acoplar a impedância de saída do primeiro estágio
com o receptor.

A impedância de saída dessa antena é de 50 a 100 ohms, isso facilita bastante na montagem pois não fica escravo do cabo de 50 ohms, pode usar os cabos de 75 ohms de TVs que é mais barato e fácil de achar que o cabo de 50 ohms.
A sonda(probe) mostrada no esquema é constituído de um pedaço retangular de trilha de cobre feita na própria placa da antena, essa trilha é responsável pela captação do sinal de rádio e a variação da área desse pedaço tem influencia no ganho geral da antena.

A alimentação do circuito é feita através do cabo coaxial, mas é mais aconselhável o uso de cabos externos, como aqueles cabos usados em antena parabólica, o circuito para usar na alimentação da antena é mostrado na figura 2.

Fig. 2

Esse foi o esquema principal da antena, existem algumas variações que apareceram depois, mas todos eles tem o mesmo princípio de funcionamento que é a amplificação do sinal em função da diferença de capacitância entre a área cobreada que capta o sinal de rádio(probe) e o circuito amplificador.

Para entender melhor como isso funciona eu fiz um desenho que pode ser visto na figura 3. Para representar o sinal de rádio no ar eu usei um gerador de RF, esse sinal entra na placa captadora(probe) e é acoplado ao circuito direto no gate do J310, foi representado como dois capacitores porque essas duas partes da antena tem uma capacitância equivalente e a diferença na capacitância influencia no ganho da antena, assim diminuindo a capacitância da placa captadora(probe), tem um aumento no ganho da antena.

Fig. 3


Você pode aumentar ou diminuir a capacitância da placa captadora(probe) assim como pode aumentar ou diminuir a capacitância do circuito amplificador e com isso obter o máximo ganho. Para aumentar a capacitância da placa captadora(probe) é só aumentar a área dela ou ligar alguma antena externa como uma longwire por ex., para diminuir a capacitância basta reduzir a área de captação.
No caso do circuito amplificador, a capacitância dele é controlada pelo aterramento, sem aterramento se tem uma capacitância baixa e conforme é aterrado a capacitância aumenta, por isso a importância de um bom aterramento para se obter um alto ganho.

Montagem

A placa ficou com 10,5cm de comprimento por 3cm de largura, a placa captadora(probe) ficou com 4cm de comprimento por 3cm de largura, usei alguns resistores SMD para facilitar na redução da placa, na figura 4 você pode ver o resultado do desenho da placa que eu fiz a mão.

Fig. 4


E na figura 5 a antena já finalizada, como não tinha os transistores do esquema, eu usei equivalentes, o MPF102 para o FET de entrada e o 2N3866 para o transistor de acoplamento.

Fig. 5


Para fazer a ligação da entrada da antena à placa captadora(probe) eu usei um indutor que o autor recomenda para que a antena trabalhe até 30MHz, sem esse indutor ela só trabalha até 20MHz, o valor que usei é de 10uH e qualquer valor entre 5 a 10uH pode ser experimentado.
Nas figuras 6 e 7 mostra o power feed para fazer a alimentação, usei um capacitor de passagem para fazer a ligação da entrada de alimentação.

 Fig. 6
 
Fig. 7



Testes

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Obs; Essa antena foi testada somente em ondas curtas, portanto os resultados da minha avaliação não devem ser considerados por aqueles que pretendem montar a antena para escutar ondas longas e médias
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Os primeiros testes que fiz foi com a antena bem próxima do chão e depois instalei no telhado de casa, não vi muita diferença no ganho de sinal, a diferença maior foi nos ruídos captados, no telhado a captação de ruído foi maior e mesmo com uma placa captadora pequena foi possível captar muito ruído. A princípio eu achava que a placa captadora era pequena por causa do alto ganho da antena, assim, com uma placa captadora pequena não pegava muito ruído, mas depois dos testes eu percebi que o ganho dessa antena não é alto, é menor que o ganho de uma longwire de 12m.

Confesso que fiquei muito decepcionado com essa antena, eu participei de grupos de radioescutas onde essa antena era exaltada a todo momento que era citada, por isso minha expectativa quanto a essa antena era grande, talvez por causa dos poucos testes que fiz com ela. A faixa de ganho dessa antena não é linear, nos testes eu puder perceber uma queda de ganho que inicia próximo de 6MHz e vai até uns 8MHz, percebi também que quando a frequência vai subindo, o ganho vai diminuindo, mas depois dos 8MHz, mesmo que o ganho esteja diminuindo, a diferença não é grande.

Depois de testar a antena no telhado eu baixei a antena para ligar uma longwire na placa captadora(probe) achando que a antena iria trabalhar como um simples amplificador de sinal, mas não foi o que aconteceu, o ganho diminuiu e o ruído aumentou. O próximo passo foi instalar um filtro passa alta na entrada da antena para ligar uma longwire, dessa forma eu desliguei a placa captadora(probe) que funcionou somente como uma blindagem, também substituí o indutor por um capacitor de 100pF, na figura 8 é possível ver como ficou essa ligação. A ideia era ligar uma longwire através de um parafuso por fora do tubo de pvc, mas isso não ficou muito bom e eu desaconselho essa ligação. Na figura 9 é possível ver a ligação da antena no parafuso, usei um cabo blindado para fazer essa ligação, mas não liguei o malha no lado do parafuso.

 Fig. 8

Fig. 9


Depois de ligar e testar eu resolvi blindar toda a antena para que não seja captado nenhum sinal pela placa, nas figuras 10 e 11 é possível ver como ficou a blindagem. Essa blindagem foi feita com tiras de cobre retirado de transformador de fonte chaveada, essas tiras ficam por fora do transformador.

Fig. 10

Fig. 11


Como essa antena amplifica em função da diferença de capacitância entre a placa captadora(probe) e o circuito, essa blindagem só deixou a antena com menor ganho, por isso acabei retirando a blindagem e deixando só uma pequena parte para fixar o conector do cabo.

Considerações Finais e Dicas

Não recomendo essa antena para a faixa de ondas curtas, obtive melhor desempenho com uma antena dipolo e uma dipolo dobrado sendo essa última indicada para quem tem bastante ruído na região.
Como essa antena amplifica o sinal em função da diferença de capacitância, a placa captadora(probe) deve ter uma menor área e a antena deve ter um bom aterramento, assim a capacitância do circuito será maior que a placa captadora e como consequência, um maior ganho.

Fiz uns vídeos mostrando as diferenças que citei nesse artigo, o link do meu canal para acessar os vídeos está no blog.

Antena loop de quadro portátil de 1m para OM




Uma antena poderosa para o radioescuta usar em OM. Essa é uma antena loop que montei baseado nesse vídeo e que por ser bem fácil de montar e desmontar, facilita muito o transporte da antena e minha mãe até fez uma bolsa com jeans para que eu possa carregar a antena, a única coisa que ainda não fiz é um tripé de pvc para usar na antena e que seja possível carregar na bolsa.

Essa antena é muito fácil de fazer, usa apenas tubos e conexões de pvc de 3/4 de polegada, uma medida bastante comum de se achar nos depósitos de materiais de construção.

Os materiais que usei para fazer essa antena são:

4 pedaços de tubo de 70 cm
4 pedaços de tubo de 8 cm
3 cotovelos
3 caps
1 cruzeta
1 T

25 a 30m de fio cabinho fino [diâmetro externo de 3mm]
1 capacitor variável de plástico com quatro seções
1 tubo de cola para pvc

Montagem

A montagem da antena é bem simples, após cortar os pedaços, lixar as pontas que vão ser coladas é primeiro é feito a montagem sem colar para acertar o quadrado corretamente, depois disso é feita a colagem de um pedaço de 70 cm na cruzeta e no T. Esse T é usado para sustentar a antena no tripé e para colocar o cap. variável.

A antena nada mais é que um circuito LC sintonizado, isso é, uma bobina ligada em paralelo com um capacitor, para quem tem dificuldades em fazer a ligação do cap. variável, nesse vídeo eu mostro como fazer a ligação, as seções do cap. variável são ligadas em paralelo e para quem tiver como medir a capacitância, pode ajustar os trimmers que fica na parte de trás do cap. variável para cobrir a maior faixa possível.

Eu acabei usando uma luva para poder desencaixar o cap. variável, por dentro coloquei um conector, na imagem abaixo você pode ver o resultado. Não coloquei a luva na lista porque isso vai depender de como você vão desejar fazer com a ligação do variável e do tipo do variável pois se usar um de metal será necessário outra forma de adaptar e fixar na antena.




Repare que eu fiz uns furos a mais no pedaço do tubo onde vai a bobina por não saber ao certo quantas espiras seria necessário para cobrir toda a faixa com o cap. variável que tinha. Nessa ponta onde vai o cap. variável é onde fica o início e fim da bobina, eu fiz nessa ponta de baixo, mas quem for montar pode fazer em qualquer uma das quatro pontas.

Na imagem abaixo é mostrado quais partes são coladas e quais são soltas, eu fiz um corte na ponta tubo para poder encaixar as partes com mais facilidade, mas atenção aqui, não deve ser feito muitos cortes porque se não, o tubo não fica firme.


A bobina é composta de seis espiras de fio, passe o fio primeiro sem se preocupar se está esticado, depois que você passou todas as espiras, estique os fios com cuidado e cole usando a cola de pvc. Eu usei a ponta de um palito de dentes para travar os fios conforme fui esticando. Não é necessário esticar muito. Deixe a cola secar bem, pelo menos um dia secando.

Eu passei cola por fora e por dentro nos fios para colar bem.

Na imagem abaixo tem o detalhe do fio colado e o corte no tubo que falei para facilitar o encaixe e desencaixe da antena.


Os caps eu não colei, só encaixei para dar o acabamento.

Só para questão de comparação, os valores da bobina e do cap. variável ficou em:

Bobina: 137uH
Cap. variável: 4 a 670pF

A faixa de trabalho da antena ficou de 500kHz a 1710kHz

Como é uma antena direcional, a base dela não pode ser colada no tripé, deve ser solta para poder girar.

Abaixo alguns vídeos de exemplos de escuta feita com essa antena. Eu fiz os vídeos de dia para mostrar o ganho da antena.

Esse foi o vídeo mais recente que fiz dessa antena, é a Rádio Gaúcha que com a antena chega com sinal local, a emissora fica a uma distância de aproximadamente 830km de onde fiz o vídeo, o horário local está no display do rádio.





Nesse próximo vídeo foi o mais cedo que consegui escutar uma emissora Argentina na x-band, a qualidade não está muito boa porque nessa época eu não tinha uma câmera descente então fazia os vídeos com meu celular.





Nesse outro vídeo a Rádio Rubi chegando bem às 17:30hs aprox.


BFO para ouvir SSB em receptores comuns

Trago aqui um esquema bem simples de oscilador que pode ser usado como BFO nos receptores comuns para a escuta de SSB.

O circuito é bem simples e usa um ressonador cerâmico de 455kHz de dois terminais, o ressonador de três terminais não funciona nesse circuito. O ressonador de dois terminais é facilmente encontrado em controles de TV.


O trimpot na saída é para ajustar o nível de sinal, como a intensidade do sinal é um pouco alta, o CAG do receptor pode deixar o som do rádio muito baixo.

O transistor pode ser qualquer equivalente a esse como os famosos BC547, os capacitores de 1,2n do divisor capacitivo e de 47p devem ser do tipo NP0 para não variar a frequência com a temperatura.

O acoplamento no receptor pode ser feito enrolando duas ou três voltas de fio na base do último transistor da FI e ligado na saída do BFO, o acoplamento é capacitivo, isso é, o fio da saída do BFO não vai ligado ao circuito do receptor, é só aproximado da última etapa de FI.

Quem for montar, se achar que é necessário pode adicionar mais um capacitor cerâmico na saída de uns 100pF. A alimentação pode ser feita por pilha pois o consumo é muito baixo. Eu fiz algumas medições de consumo em diferentes tensões de alimentação e os resultados são esses:

12V - 8,4mA
9V - 6mA
6V - 4mA
5V - 3,3mA
3V - 2mA
1,5V - 0,8mA